Neste 1° de maio, faz 19 anos que
o ex-piloto de F1, Ayrton Senna, faleceu durante o Grande Prêmio de Ímola, na
Itália. Nascido em 21 de março de 1.960, na cidade de São Paulo, Senna morreu
aos 34 anos de idade. Existem muitos jovens que eram crianças na data de sua
morte e eles não têm a dimensão do que representou Ayrton Senna para o Brasil.
Naquela época, os brasileiros não tinham muitos motivos para comemorar, pois o
país vivia uma inflação galopante e todos os planos para debelar este mal não
davam certo. Uma das poucas alegrias que tínhamos era assistir às corridas de
F1 aos domingos, para vermos o show que Senna dava.
Mesmo se não ganhasse um GP, com
certeza ele faria uma grande corrida. Ouvir o tema da vitória e ver a nossa
bandeira no lugar mais alto depois das corridas era motivo de orgulho para
todos os brasileiros. Para mim, Senna foi o maior piloto da história da F1.
Debaixo de chuva não tinha para ninguém, dava dó de ver os outros atrás de
Senna, como eram mais lentos. Com 161 grandes prêmios disputados, com a sua
estreia em 25/03/1984 no Brasil, 3 títulos mundiais, 88, 90 e 91, dois vices
campeonatos 89 e 93; 41 vitórias; 65 pole-positions; 80 pódios; 87 primeiras
filas; 19 recordes de pista; 2.986 voltas na liderança (13.672 km). A sua
primeira vitória se deu no GP de Portugal no dia 21/04/1985, debaixo de um
temporal com a linda e inesquecível Lotus preta. Coincidência, no dia 21 de
abril, os portugueses enforcaram o mártir Tiradentes, líder da Inconfidência
que tinha como ideal a independência do nosso país.
Tenho muitas saudades do grande
Ayrton. Até hoje, quando assisto a um GP de F1, tenho a impressão que ele vai
surgir a qualquer momento. Foi uma morte trágica provocada por uma quebra na
barra de suspensão o que provocou um choque de sua Williams contra o muro da
terrível curva do Tamburelo. A coluna da suspensão foi de encontro a viseira de
seu capacete, o que provocou um profundo trauma craniano e fraturas múltiplas
em sua base. Se a coluna da suspensão tivesse batido a poucos centímetros
acima, Ayrton teria saído sem qualquer arranhão do carro. Há controvérsias
quanto ao horário da morte de Senna, para uns ele morreu na hora, para outros
no Hospital. Ayrton foi socorrido até ao hospital Magiore de Bolonha, onde a
sua morte foi anunciada às 13:42 horas, horário de Brasília, às 18:42 horas,
horário da Itália, pela Doutora Maria Tereza Fiandre, chefe do setor de
reanimação do hospital. Não tenho qualquer dúvida, se Senna não tivesse
morrido, ele teria quebrado todos os recordes da F1 e o alemão Michael
Schumacher não seria o que é hoje. A carreira do Barrichello teria outro rumo e
com certeza ele teria sido campeão do mundo. E hoje, Bruno Senna estaria em uma
grande equipe da categoria. Para mim só muitas saudades, e põe saudades, de ver
o grande Senna dar os seus shows aos domingos.
Estes 19 anos passaram muito
rápido, como era o inesquecível Ayrton Senna, sempre muito rápido! Depois de
sua morte muitos desportistas brasileiros surgiram e foram candidatos a
substituí-lo, mas ninguém deles chegou nem perto da sombra de Senna, seja em carisma
ou competência! Para mim, que tive a alegria de ver o maior piloto da história
na F1 dar muitos shows nos finais de semana . Só um sentimento ficou: saudades!