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quarta-feira, 13 de março de 2013

Vídeo do dia: Opala 6 cilindros com triplo Weber


segunda-feira, 11 de março de 2013

Opala Gran Luxo


Fonte: Garagem do Bellote



                                                                                                                         




O Opala conquistou corações e mentes em sua longa trajetória e uma legião de fãs em todo o país. Carro de família, esportivo ou servindo como meio de transporte oficial de vários órgãos de governo fez parte da paisagem das cidades por mais de trinta anos, e o primeiro representante desse saudoso modelo chega cheio de estilo. E não poderia ser diferente.


         


O exemplar Gran Luxo, cupê, ano 1973, verde-menta, com câmbio de quatro marchas no assoalho e ar-condicionado de fábrica esbanja categoria,  inclusive,  ostenta com todo o orgulho as placas pretas emitidas pelo Clube do Opala de São Paulo. Reinaldo Silveira, dono da máquina, contou tudo sobre o clássico. “Ele foi adquirido no dia 31 de julho de 2008 e passou por uma revisão completa de quatro meses com o João Rondini ”, revela. “E ainda possui manual do proprietário e chaves originais”, salienta.

                                                              


O propulsor de seis cilindros ganhou fôlego extra. “Foi feita e substituição de carburador/coletor de admissão/comando de válvulas/tuchos, transformando o motor de 4,1 litros, de 140 cv brutos, em 250-S, de 171 cv brutos (tenho todos os componentes que foram substituídos). Os pneus são Pirelli P3000 com faixas brancas (205/70 R 14), com estepe Firestone Campeão Supremo (6.45/14”), enfatiza o dono.

                                                                



A chegada até o Gran Luxo foi curiosa. “Tenho um Charger R/T 78 e um Maverick GT Quadrijet 74. Meu interesse era um Opala SS 6 para completar a trinca dos grandes esportivos nacionais dos anos 70. Procurei muito, mas não encontrei nenhum que estivesse em condições tão boas. Agora, quando puder, ainda quero um SS 6, mas vai ser difícil me desfazer deste Gran Luxo”, conta com bom humor.







 Andando pelas ruas é possível perceber que a elegância do modelo é notada. Olhares, indicadores apontando em sua direção e gente dando volta no quarteirão pra ver mais de perto. Como diz o ditado: quem foi rei nunca perde a majestade. Uma verdade incontestável no caso do Opala.


                                                                                                                                                    

sábado, 9 de março de 2013

E para encerrar o dia com chave de ouro, um legítimo motor Ford 302 V8 roncando nesse lindo Maverick.


Cronologia do Fusca


   Para alguns um projeto arcaico, para outros um projeto eterno, feito pra durar, o Fusca, feito a principio a pedido de Hitler a Ferdinand Porsche, o velho "beetle" foi nomeado Volkswagen, nome que, como todos sabem, provém do idioma alemão e significa "Carro do Povo". Depois foi nomeado "Volkswagen Sedan" e, partindo de um apelido nascido no Brasil, acabou sendo nomeado oficialmente aqui em terras tupiniquins como "FUSCA".
   
   Vamos aqui dar um resumo o mais breve possível:

Ferdinand Porsche desenvolveu um projeto na sua própria garagem, em Stuttgard, Alemanha. O primeiro projeto do fusca era equipado com um motor dois cilindros, refrigerado a ar, que tinha um rendimento péssimo, como se pode imaginar. Criaram o motor quatro cilindros, opostos dois a dois, refrigerados a ar, com suspensão independente dianteira, que funcionava através de barras de torção. foi um projeto ousado e revolucionário pra época, pois até então os carros eram feitos com motores refrigerados a água e com suspensões que utilizavam feixe de molas ou molas helicoidais.

Lançado oficialmente em 1935, pelo então projetista Ferdinand Porsche, o Volkswagen podia ser comprado por quase todos, ao preço de 990 marcos, e era equipado com motor refrigerado a ara e sistema elétrico de seis volts, cambio seco de quatro marchas. Até então, só se fabricavam carros com caixa de câmbio inferior a três marchas.

Daí, as evoluções foram constantes. sistema de freios a tambor, caixa de direção tipo "rosca sem fim", evoluções estéticas como quebra-vento, lado abertura das portas ( no inicio as portas abriam do lado oposto), saída única de escapamento, estribo, entre outras.

Em 1936, já reformulado e com bastantes semelhançãs com o Fusca de hoje, o Volkswagen era equipado com duas pequenas janelas traseiras. em 1937, existiam 30 outros modelos sendo testados na Alemanha. E a partir de 1938, iniciou-se a construção, em Hanover, de uma fábrica na qual o Volkswagen seria fabricado em série.

Em 1939, devido ao inicio da Segunda Guerra Mundial, o Volkswagen acabou virando veículo militar. Derivados do fusca, como jipes e até um modelo anfíbio (Shwinwagen, atualmente existem três no mundo, e um no Brasil). A mecânica também havia mudado. Virabrequim, pistões, válvulas, o motor de 995 cc e 19 cv   passou  a ser de 1.131cc e 26 cv. Mais de 70 mil unidades militares foram produzidas.



Término da Segunda Guerra Mundial, a fábrica que estava sendo construída em Hanover encontrava-se quase que inteiramente destruída. Seus projetistas, ninguém sabia por onde andavam. E de suas versões militares, ninguém mais precisara. Por pouco não foi o fim do Volkswagen. até um major inglês, Ivan Hirst, redescobrir o Volkswagen, e resolver "adotá-lo", entre os escombros da antiga fábrica, a versão original do VW passou a ser reaproveitada.

Retomada sua fabricação, o Volkswagen passou a ser utilizado em serviços de primeira necessidade, escassos naquela época, como correio, atendimento médico etc. Em 1946, portanto um ano depois, já existia 10 mil VW's em circulação. Em 1948, existiam 25 mil, sendo 4.400 para exportação. Em 1949, o fusca já teria seu próprio mercado nos EUA.

Basicamente, o Fusca até então era um projeto que havia dado certo, até meados de 1956, quase nada havia mecanicamente mudado de seu projeto original. Independente de seu projeto mecânico, a aparência haveria mudado bastante. Em 1951, havia duas janelas repartidas na parte traseira, chamadas de "split window". Em 1953, o Fusca surgia com "quebra-ventos" nas janelas laterais. E a partir da segunda série deste ano, a janela traseira se resumia a uma única, em formato oval. Neste mesmo ano, o Fusca começou a ser montado no Brasil, com peças vindas do exterior. E em 1959, ele começou a ser fabricado todo no Brasil.



Em 1960, o sistema de sinaleiras (pisca-pisca) deixa de ser uma barra na coluna lateral central (bananinha) para ser agregadas as lanternas traseiras, juntamente com as luzes de freio e lanterna, e também a saída de escape passa a ser dupla. e assim as mudanças foram surgindo. O câmbio deixa de ser "seco' e passa a quatro marchas sincronizadas, o mesmo que existe até hoje. Em 1967, o Fusca passa por uma importante mudança: ganha motor 1.300cc ao invés do 1,200cc que o equipava até então. Os aros das rodas também receberam furos para melhor ventilação do sistema de freios. Já em 1968, foi provado que o sistema de 6 volts que o equipava não se mostrava eficiente, assim o fusca ganhara um novo sistema elétrico 12 voltas, e a caixa de direção passa a ter lubrificação com graxa.



Em 1970, o Fusca sofreu uma grande transformação. continuando com a versão 1.300cc, surgiu a versão 1.500cc, essa com 52cv (SAE) de potência, sendo carinhosamente apelidado de "Fuscão". Para essa versão, o Fusca também recebeu uma barra compensadora no eixo traseiro, com a finalidade de dar maior estabilidade, Esteticamente, o capô ganhou aberturas para maior ventilação, vovas lanternas e novos cintos de seguranças. como opcional, tinha freio a disco na dianteira. Mais mudanças vieram em 1973. o novo sistema de carburação, com carburadores recalibrados para menor consumo e novo distribuidor vácuo-centrífugo deram mais ênfase ao carro que sem dúvida era um sucesso total. Nunca vendeu tanto Fusca no  Brasil como em 1974. O carro teve uma produção de 239.393 unidades somente em 1974. comparada a produção de 1969 que era de 126.319, foi um impressionante salto nas vendas. tudo provava o absoluto sucesso do fusca. Foi também naquela época que surgiu o fusca com motorização 1.600-S que rendia 65 cv  (SAE) com dupla carburação. As mudanças mecânicas para aquele ano eram o eixo dianteiro com bitola mais larga e a mudança estética foi o maior pára-brisa para as versões 1.300 e 1.500.

Em 1975, a linha VW foi ampliada com a chegada do novo motor 1.300-L e o modelo 1.600 passou a ter a alavanca de cambio mais curta e filtro de ar do carburador de papel. Outras alterações também vieram, como painel, espelhos retrovisores e outras apenas estéticas. em 1978, o bocal do tanque de combustível passou a ser do lado externo do carro, e não dentro do porta-malas como era até então. Em 1979, a lanternas traseiras ganharam nova forma, e pelo seu grande tamanho, essa versão, a partir daquele ano foi apelidada de "Fafá" (em alusão aos grandes seios da cantora Fafá de Belém). Em 1983, adota-se o nome oficial de "FUSCA". Com algumas poucas inovações como caixa de câmbio "life time"( dispensa troca periódica de lubrificante), ignição eletrônica nos modelos a álcool, bomba de combustível anticorrosiva, válvulas termo-pneumáticas nas entradas dos filtros de ar ( Com função de melhoras a temperatura do ar aspirado afim de melhorar a queima da mistura).

Mas no ano seguinte, portanto em 1984, muda tudo. a versão 1.300 do fusca desaparece. Surge um novo 1.600, com pistões, cilindros e cabeçotes redesenhados, além de novas câmaras de combustão, o novo motor rendia 46 cv a 4.000 RPM e torque máximo de 10,1 kgf/m a 2.000 RPM. Agora a medição foi feita no método DIN e não mais no SAE. Equipavam também a versão novos freios a disco na dianteira e barra estabilizadora traseira redesenhada para melhor performance aerodinâmica.

Mas foi em 1986 que -temporariamente- acabou-se a carreira do fusca. Embora o México ainda continuasse produzindo, no Brasil sua linha de montagem chegara ao fim. até que em 1993, a pedido do então presidente do Brasil, Itamar Franco. o fusca volta novo de novo. Na segunda fase de 1993, sem mudanças na carroceria nem no motor, o Fusca  ganhou pára-choques na cor do carro, canalizador com uma única saída de escape no pára-lamas esquerdo, estofamentos novos, volante novo e muitos outros detalhes de acabamento, inclusive opcionais.

Quando todos não acreditavam no sucesso relançamento do fusca, as vendas foram mais que animadoras. chegou-se a produzir mais de 40 mil novos Fuscas. Até sua oficial parada de fabricação anunciada em julho/1996 o fusca deixou mais fãs pelo caminho.

Para comemoração da sua última série de fabricação, foram feitos os últimos 1.500 fuscas carinhosamente dados numa versão "FUSCA OURO" ( foto ao lado), e os últimos 1.500 proprietários dos fuscas "OURO" tem seus nomes guardados em um "Livro de ouro da VW". Um fusca Série Ouro é facilmente identificado, pois neste seu último modelo a VW superequipou esteticamente a versão com estofamentos do Pointer GTI, desembaçador traseiro, faróis de milha, painel com fundo branco, vidros verdes (75% transp.), esta foi a série gala do querido carrinho. 

Em 2003, o fusca encerrou sua produção mundial por definitivo, no México, lá criaram a série "Última Edicion", conforme fotos abaixo.