Translate

Mostrando postagens com marcador Opala. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Opala. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A história do Chevrolet Opala


Texto: Sérgio Luiz - Presidente do Opala Clube de São José dos Campos


Em 1966 a GM lança o projeto do primeiro carro brasileiro com a marca Chevrolet, "OPALA". O nome é dado pela fusão de dois produtos da GM no exterior (Opel e Impala). Após dois anos de expectativa, o Chevrolet Opala é finalmente apresentado ao público brasileiro, no Salão do Automóvel em 1968, precisamente aos vinte dias do mês de novembro. Ele chega em quatro versões, todos quatro portas - Opala com 4 e 6 cilindros e Opala De Luxo também 4 e 6 cilindros, todos excepcionalmente confortáveis para seis pessoas, bancos dianteiros inteiriços, câmbio de três velocidades à frente com alavanca na coluna de direção, painel com poucos instrumentos, amplo porta malas e boa dirigibilidade.




No ano de 1971 surge o Opala cupê, não possuía colunas laterais, o teto puxado para trás e perfil alongado, assim representava uma imagem mais esportiva, de carros compactos. Em seguida desapareceu a versão SS quatro portas, pois pelo aspecto esportivo era favorável sua apresentação em duas portas. Como opção permanente era oferecido dois tipos de caixa de mudanças: Três velocidades e alavanca na direção, ou quatro velocidades e alavanca no assoalho, onde a segunda opção oferecia maior agilidade, economia de combustível e melhor desempenho, especialmente para os modelos quatro cilindros.




Foi em 1973 que toda linha Opala sofreu a primeira modificação. A que obteve maior resultado foi a da mecânica do 4 cilindros: aumentou-se o diâmetro dos cilindros e reduziu o curso dos pistões. Esse motor recebeu o nome de 151 e apesar da pequena alteração da cilindrada (2474cc), houve um considerável aumento de potência. Também foi introduzido o sistema de transmissão automática, sendo opcional para 6 cilindros, e em 1974 se estendia para os veículos 4 cilindros.




Somente em 1975, o Chevrolet Opala sofre a maior modificação no seu estilo, foram redesenhadas as partes traseiras e dianteiras. O capô recebeu um ressalto central e, para maior segurança, os faróis redondos encaixavam-se em molduras quadradas; as lanternas dianteiras foram instaladas na ponta dos para lamas; a grade dianteira, pintada em preto fosco, agora apresentava dois frisos horizontais. Instalados na parte traseira, quatro lanternas redondas, as duas internas funcionavam apenas como refletores e seu centro branco como luz de ré. A parte interior também sofreu modificações estilísticas.

A Família continuava a crescer: a perua Caravan chegava ao mercado em 1975. Um projeto iniciado em 1971, apresentado em uma única versão 4 cilindros, a perua Caravan, podia receber opcionais como motor 6 cilindros, transmissão automática, câmbio três ou quatro marchas, direção hidráulica ou outros, à escolha do comprador. Lançou-se simultaneamente, nas versões cupê e quatro portas, o Chevrolet Comodoro que substituiria o Gran Luxo. Intitulado como o carro de maior status da linha, normalmente vinha equipado com motor 6 cilindros de 4.100cc, 184 cv de potência e 4000rpm, carburador de duplo corpo, transmissão manual de quatro marchas (ou automática) e direção hidráulica. A GMB lançou um carro especial: O cupê 250S, um carro com maior desempenho que satisfez os compradores de modelos esportivos. Sua maior diferença era a preparação efetuada no motor de 6 cilindros, que tinha a relação de compressão aumentada para 8,0:1, comando de válvulas trabalhado e carburação dupla. A potência passou a ser de 153 cv, superior a antiga, desse modo o Opala 250S obtinha a aceleração de 0 a 100Km/h em apenas 10s.




Surge o Opala em versão básica em duas ou quatro portas de motor 4 cilindros, substituindo os modelos Especial e De Luxo que saia do mercado. O modelo básico estava preparado para aceitar transformações com diferentes opcionais: motor de seis cilindros ou 250S; câmbio de três ou quatro marchas, manual ou automático; e direção hidráulica entre outras modificações. Assim a partir de um modelo básico era possível obter qualquer modelo da linha, desde o antigo Especial até o modelo Comodoro.

Em 1975 os veículos foram equipados ainda com freio a disco nas rodas dianteiras, duplo circuito hidráulico, câmbio de três velocidades na coluna da direção e barra estabilizadora traseira. A mecânica era encontrada em quatro versões: Motor 151básico (4 cilindros, 2474 cc e 90cv); Motor 151 S (4 cilindros, 2474 cc e 98 cv); 250 (6 cilindros, 4098 cc e 148 cv) e 250 S (6 cilindros, 4098 cc e 153 cv). Manteve-se a produção da linha esportiva mais simples - SS 4 cilindros com motor 151S e SS 6 cilindros com mecânica opcional do 250S, lançado em 1976 para se eternizar na mente dos apaixonados.

Em 1978, apesar de poucas mudanças na linha, a Caravan também ganhou sua versão SS. Em 1980 é lançado o Diplomata, top de linha, que contava entre outros com direção servo-assistida e condicionador de ar, como item de série. O Diplomata conquista preferência executiva para aqueles que procuravam total conforto sobre rodas. No ano de 1981, a linha sofre modificações interiores - volante inovado e painel mais atual. Em seguida lança-se a série Silver Star.

No ano de 1983 o câmbio de 5 marchas entra no mercado. As modificações ganham maior impacto deixando o Diplomata com aspecto mais agressivo .




1985, a estética externa do Diplomata ganha largas molduras laterais e faróis auxiliares de longo alcance. Internamente, instrumentos com novo designer e a evolução elétrica para controles dos vidros e retrovisores.




A nova frente, com faróis trapezoidais e lanternas traseiras por toda a largura do veículo é introduzido nos modelos fabricados em 1988, por dentro o volante de três raios escamoteáveis em sete posições e opcionais inéditos como alarme sonoro para lanternas e faróis quando ligados, controle temporizado dos faróis e luz interna, vidros elétricos com temporizador e ar condicionado com extensão para o banco traseiro (Para o Diplomata SE estes itens eram de série). O potente motor 250S a gasolina, somente era oferecido sob encomenda e foi substituído por um modelo alemão, câmbio automático de quatro marchas e bloqueio do conversor de torque.




A fabricação do fenômeno da industria automobilística é encerrada. O último Opala é fabricado, no dia 16 de abril de 1992, saindo de linha a mais poderosa produção de conforto, durabilidade e potência, motivo evidente que deixa até hoje milhares de admiradores, que mesmo após 21 anos o consideram "O Imbatível".





segunda-feira, 11 de março de 2013

Opala Gran Luxo


Fonte: Garagem do Bellote



                                                                                                                         




O Opala conquistou corações e mentes em sua longa trajetória e uma legião de fãs em todo o país. Carro de família, esportivo ou servindo como meio de transporte oficial de vários órgãos de governo fez parte da paisagem das cidades por mais de trinta anos, e o primeiro representante desse saudoso modelo chega cheio de estilo. E não poderia ser diferente.


         


O exemplar Gran Luxo, cupê, ano 1973, verde-menta, com câmbio de quatro marchas no assoalho e ar-condicionado de fábrica esbanja categoria,  inclusive,  ostenta com todo o orgulho as placas pretas emitidas pelo Clube do Opala de São Paulo. Reinaldo Silveira, dono da máquina, contou tudo sobre o clássico. “Ele foi adquirido no dia 31 de julho de 2008 e passou por uma revisão completa de quatro meses com o João Rondini ”, revela. “E ainda possui manual do proprietário e chaves originais”, salienta.

                                                              


O propulsor de seis cilindros ganhou fôlego extra. “Foi feita e substituição de carburador/coletor de admissão/comando de válvulas/tuchos, transformando o motor de 4,1 litros, de 140 cv brutos, em 250-S, de 171 cv brutos (tenho todos os componentes que foram substituídos). Os pneus são Pirelli P3000 com faixas brancas (205/70 R 14), com estepe Firestone Campeão Supremo (6.45/14”), enfatiza o dono.

                                                                



A chegada até o Gran Luxo foi curiosa. “Tenho um Charger R/T 78 e um Maverick GT Quadrijet 74. Meu interesse era um Opala SS 6 para completar a trinca dos grandes esportivos nacionais dos anos 70. Procurei muito, mas não encontrei nenhum que estivesse em condições tão boas. Agora, quando puder, ainda quero um SS 6, mas vai ser difícil me desfazer deste Gran Luxo”, conta com bom humor.







 Andando pelas ruas é possível perceber que a elegância do modelo é notada. Olhares, indicadores apontando em sua direção e gente dando volta no quarteirão pra ver mais de perto. Como diz o ditado: quem foi rei nunca perde a majestade. Uma verdade incontestável no caso do Opala.